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Mostrando postagens de dezembro, 2012

A Boa Vista Castro Alves

A Boa Vista Castro Alves Sonha, poeta, sonha! Aqui sentado No tosco assento da janela antiga, Apóias sobre a mão a face pálida, Sorrindo — dos amores à cantiga. Álvares de Azevedo Era uma tarde triste, mas límpida e suave... Eu — pálido poeta — seguia triste e grave A estrada, que conduz ao campo solitário, Como um filho, que volta ao paternal sacrário, E ao longe abandonando o múrmur da cidade — Som vago, que gagueja em meio à imensidade, — No drama do crepúsculo eu escutava atento A surdina da tarde ao sol, que morre lento. A poeira da estrada meu passo levantava, Porém minh'alma ardente no céu azul marchava E os astros sacudia no vôo violento — Poeira, que dormia no chão do firmamento. A pávida andorinha, que o vendaval fustiga, Procura os coruchéus da catedral antiga. Eu — andorinha entregue aos vendavais do inverno. Ia seguindo triste p'ra o velho lar paterno. Como a águia, que do ninho talhado no rochedo Ergue o pescoço calvo por cima do fragued...

COLECÇÃO REVIVENDO N.° 4 COELHO NETTO A BICO DE PENA LELLO & IRMÃO

COLECÇÃO REVIVENDO N.° 4 COELHO NETTO A BICO DE PENA LELLO & IRMÃO E D I T ORE S «REVIVENDO» É o título de uma encantadora colecção que os editores LELLO & IRMÃO lançam no mercado, no intuito de reviverem livros que o público consagrou. N.o 1 - COELHO NETTO, miragem, 4. a edição. » 2 —JOÃO GRAVE, o PASSAÈo, 2 a. edição. » 3 —ANATOLE FRANCE, JOCASTA, l.a edição. .» 4 —COELHO NETTO, a bico de pena, 3 a. edição. » 5 — JOÃO GRAVE, JORNADA ROMÂNTICA, 2.a edição. » 6 — PINTO DA ROCHA, TALITA, 3. a edição. » 7 - COELHO NETTO, ÁGUA DE JUVENTA. 3.a edição. » 8 - JOÃO GRAVE, REFLORIR, 3.a edição. » 9 — COELHO NETTO, ESFINGE, 3. a edição. » 10 —MÁRIO SETTE, VIGIA DA CASA GRANDE, l.a edição. NOVOS VOLUMES SE SEGUIRÃO A Bico de Penna COELHO NETTO Coelho Netto A Bico de Penna FANTASIAS, CONTOS E PERFIS 1902-1903 TERCEIRA EDIÇÃO PORTO Livraria Chardron, de Lélo & Irmão, L.ãa editores —Rua das Carmelitas, 144 Millcmd e Bertrand —Lisboa-Paris 1925 Obras de...

Abençoa Senhor Auta de Souza

Abençoa Senhor Auta de Souza Soneto recebido pelo médium Carlos A. Baccelli, em reunião do Centro Espírita “Bezerra de Menezes”, a 26 de agosto de 1988, em Votuporanga, SP Abençoa, Senhor esta Casa singela, Onde a luz do Evangelho esplende, soberana, E onde encontra guarida a imensa caravana Dos tristes corações que a prova desmantela. Neste pouso de paz onde a fé nos irmana, Em torno do ideal que ao mundo se revela, A Caridade é sempre atenta sentinela, Estendendo os seus braços à penúria humana. Neste recanto amigo, à margem do caminho, Ninguém procura em vão o conforto e o carinho, Cansado de bater, chorando, porta em porta... Porquanto a Tua voz na voz de quem ensina, A mensagem de amor da Celeste Doutrina, A renovar no bem a vida nos exorta!...

A Mulher Roubada - Leandro Gomes de Barros

A Mulher Roubada Autor:   Leandro Gomes de Barros escreva para: leilaoliterario@gmail.com Formas de pagamento:  Cartões de crédito     (via   Paypal ) Depósito bancário: Banco do Brasil, Caixa Econômica, Casas Lotéricas

Alexandre de Gusmão - Fundação Alexandre de Gusmão

Alexandre de Gusmão Fundação Alexandre de Gusmão    01 Musa divina que inspira Poetas do mundo inteiro, Traz-me os fluidos do Parnaso E o saber mais verdadeiro Pra que eu decante à nação, Alexandre de Gusmão, Um grande herói brasileiro! 02 Mas não se trata de herói De músculos, de espada e aço, Nem dos quadrinhos que trazem Superpoderes do espaço; Não é filho de deus grego, Cow-boy, nem homem-morcego, Nem valentão do cangaço! 03 Mas como chamar de herói, Que não brigou nem matou? Quem não se impôs pela espada, Quem canhão não disparou, Quem a lança não brandiu, Quem bombas nunca explodiu, Quem País nunca atacou? 04 Tenha calma, meu leitor, Vou lhe explicar, não se zangue, A história desse herói, Sem guerra, sem bangue-bangue. Sem flecha, espada ou fuzil, Que fez crescer o Brasil Sem jamais derramar sangue! 2 05 Esse nome de Alexandre Ele herdou do seu padrinho, Um padre que lhe ensinou Da justiça o bom caminho. E o sobrenome G...

Com que roupa? Noel Rosa

Com que roupa? Noel Rosa Agora vou mudar minha conduta Eu vou pra luta, pois eu quero me aprumar Vou tratar você com força bruta Pra poder me reabilitar Pois esta vida não está sopa Eu pergunto com que roupa Com que roupa. . .eu vou? Pro samba que você me convidou Com que roupa. . .eu vou Com que roupa que eu vou Pro samba que você me convidou Seu português, agora, deu o fora Já foi-se embora e levou seu capital Esqueceu quem tanto amou outrora Foi no Adamastor pra Portugal Pra se casar com a cachopa Eu hoje estou pulando como sapo Pra ver se escapo Desta praga de urubu Já estou coberto de farrapos Eu vou acabar ficando nu Meu paletó virou estopa Eu nem sei mais com que roupa Com que roupa que eu vou . . .

Tipo zero Noel Rosa

Tipo zero Noel Rosa Você é um tipo que não tem tipo Com todo tipo você se parece E sendo um tipo que assimila tanto tipo Passou a ser um tipo que ninguém esquece O tipo zero não tem tipo Quando você penetra no salão E se mistura com a multidão Esse seu tipo é logo observado E admirado todo mundo fica E o seu tipo não se classifica E você passa a ser um tipo desclassificado O tipo zero não tem tipo não

Versão eletrônica do livro “Crítica da Razão Pura” Autor: Emmanuel Kant

Versão eletrônica do livro “Crítica da Razão Pura” Autor: Emmanuel Kant Tradução: J. Rodrigues de Merege Créditos da digitalização: Membros do grupo de discussão Acrópolis (Filosofia) Homepage do grupo: http://br.egroups.com/group/acropolis/ A distribuição desse arquivo (e de outros baseados nele) é livre, desde que se dê os créditos da digitalização aos membros do grupo Acrópolis e se cite o endereço da homepage do grupo no corpo do texto do arquivo em questão, tal como está acima. Crítica da Razão Pura Imanuel Kant INTRODUÇÃO......................................................................................................................................................................3 I — DA DISTINÇÃO ENTRE O CONHECIMENTO PURO E O EMPÍRICO......................................................................3 II — ACHAMO-NOS DE POSSE DE CERTOS CONHECIMENTOS “A PRIORI” E O PRÓPRIO SENSO COMUM NÃO OS DISPENSA...............................................................

Crítica da Filosofia do Direito de Hegel - Karl Marx

Crítica da Filosofia do Direito de Hegel Karl Marx 1843-1844 Escrito: 1843-1844 Transcrito por Eduardo Velhinho; Fonte: The Marxists Internet Archive Introdução à Crítica da Filosofia do Direito de Hegel Na Alemanha, a crítica da religião chegou, no essencial, ao fim. A crítica da religião é a premissa de toda crítica. A existência profana do erro ficou comprometida, uma vez refutada sua celestial oratio pro aris et focis [oração pelo lar e pelo ócio]. O homem que só encontrou o reflexo de si mesmo na realidade fantástica do céu, onde buscava um superhomem, já não se sentirá inclinado a encontrar somente a aparência de si próprio, o não-homem, já que aquilo que busca e deve necessariamente buscar é a sua verdadeira realidade. A religião não faz o homem, mas, ao contrário, o homem faz a religião: este é o fundamento da crítica irreligiosa. A religião é a autoconsciência e o autosentimento do homem que ainda não se encontrou ou que já se perdeu. Mas o homem não é um ser ...

A CHEGADA DE LAMPIÃO NO CÉU - Guaipuan Vieira

Título: A chegada de Lampião no Céu Autor: Guaipuan Vieira Categoria: Literatura de Cordel - 32 páginas Idioma: Português Instituição: Centro Cultural dos Cordelistas - Cecordel 1ª Edição: 1997 8ª Edição: 2005 Gravação: 2005 Repentistas: Antônio Jocélio e Zé Vicente A CHEGADA DE LAMPIÃO NO CÉU Autor: Guaipuan Vieira Foi numa Semana Santa Tava o céu em oração São Pedro estava na porta Refazendo anotação Daqueles santos faltosos Quando chegou Lampião. Pedro pulou da cadeira Do susto que recebeu Puxou as cordas do sino Bem forte nele bateu Uma legião de santos Ao seu lado apareceu. São Jorge chegou na frente Com sua lança afiada Lampião baixou os óculos Vendo aquilo deu risada Pedro disse: Jorge expulse Ele da santa morada.. E tocou Jorge a corneta Chamando sua guarnição Numa corrente de força Cada santo em oração Pra que o santo Pai Celeste Não ouvisse a confusão. O pilotão apressado Ligeiro marcou presença Pedro disse a Lampião: Eu lhe peço com licen...

A Carta do Pistoleiro Mainha à Sociedade - Guaipuan Vieira

Título: A Carta do Pistoleiro Mainha à Sociedade Autor: Guaipuan Vieira Categoria: Literatura de Cordel - 29 estrofes – 8 páginas Idioma: Português Instituição: Centro Cultural dos Cordelistas - Cecordel 1ª Edição: 1998 2ª Edição: 1998 /3ª edição:1999 Gravação: Estilo: Carta A CARTA DO PISTOLEIRO MAINHA À SOCIEDADE Autor: Guaipuan Vieira Eu escrevi um folheto De grande repercussão A respeito de Mainha E sobre a sua prisão Cujo folheto atingiu A sua quinta edição. Por causa disso Mainha Me mandou uma mensagem E nela naturalmente Salvaguarda sua imagem Dizendo que não é rico A custa de pistolagem. Eu recebi a mensagem Enviada por Mainha E garanto aos meus leitores Que não é invenção minha Porque eu sou um poeta Que nunca fugiu da linha. O recado que transcrevo Só mudei mesmo o estilo Pois eu transformei em versos Sem guardar nenhum sigilo Transcrevo o que me foi dito Portanto eu fico tranquilo. Ao tomar conhecimento Do que andei escrevendo O detento ...
Versão eletrônica do diálogo platônico “Fedão” Tradução: Carlos Alberto Nunes Créditos da digitalização: Membros do grupo de discussão Acrópolis (Filosofia) Homepage do grupo: http://br.egroups.com/group/acropolis/ A distribuição desse arquivo (e de outros baseados nele) é livre, desde que se dê os créditos da digitalização aos membros do grupo Acrópolis e se cite o endereço da homepage do grupo no corpo do texto do arquivo em questão, tal como está acima. FEDÃO I – Estiveste tu mesmo, Fedão, junto de Sócrates no dia em que ele tomou veneno na prisão, ou ouviste de alguém? Fedão – Não, eu mesmo, Equécrates. Equécrates – Então, que disse o homem antes de morrer? E como foi a sua morte? Gostaria de saber tudo o que se passou. Recentemente, nenhum cidadão de Fliunte tem ido a Atenas, e há muito não nos vêm de lá forasteiros capazes de dar-nos informações seguras, salvo dizerem que morreu depois de tomar o veneno. Quanto ao mais, nada informam de particular. Fedão – E tamb...

Consciência de Classe Georg Lukács 1920 Fonte: The Marxists Internet Archive

Consciência de Classe Georg Lukács 1920 Fonte: The Marxists Internet Archive Capítulo I "Não se trata do que tal ou qual proletário ou mesmo o proletariado inteiro se represente em dado momento como alvo. Trata-se do que é o proletariado e do que, de conformidade com o seu ser, historicamente será compelido a fazer. " Marx, A Sagrada Família Infelizmente, para a teoria e para a praxis do proletariado, a obra principal de Marx se interrompe no momento preciso em que aborda a determinação das classes. Pois o movimento que a ela se seguiu se tem limitado, neste ponto decisivo, a interpretar e a confrontar as ocasionais declarações de Marx e Engels, a elaborar e a aplicar, ele próprio, o método. A divisão da sociedade em classes deve ser definida, no espírito do marxismo, pelo lugar que elas ocupam no processo de produção. Que significa, pois, a consciência de classe? Desde já a questão se subdivide em uma série' de questões parciais, estreitamente ligadas entre si: ...